segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Trabalho do tópico 3





As dificuldades de aprendizagem de muitos alunos têm incentivado a investigação, no sentido de dotar as crianças com Necessidades Educativas Especiais de instrumentos capazes de percorrer o mesmo caminho que as outras, ainda que a uma velocidade mais reduzida.

É neste sentido que falamos da Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner. Esta teoria tem subjacente várias inteligências, no sentido de não valorizar somente o Q.I., mas abrir outras perspetivas e ir mais longe através das múltiplas inteligências do Ser Humano.
Gardner identificou entre outras, 7 inteligências principais: linguística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal.
A teoria de Gardner apresenta alternativas para práticas educacionais atuais, oferecendo uma base para que:
- O desenvolvimento de avaliações seja adequado às diversas habilidades humanas

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- A educação seja centrada na criança, com currículos específicos para cada área do saber.

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O ambiente educacional seja mais amplo e variado, e que dependa menos do desenvolvimento exclusivo da linguagem e da lógica.
Todos sabemos que os alunos com síndrome de Asperger (SA), apresentam interesses restritos e muitas vezes obsessivos por determinadas matérias, recusando-se a aprender fora do seu limitado campo de interesses.
Reconhecemos todos, que não existe uma receita exata para abordagem em sala de aula, que possa ser usada para todos os alunos com SA, da mesma forma que os métodos educacionais não atendem às necessidades de todas as crianças que não apresentam SA.
Partindo deste pressuposto e indo de encontro à teoria de Gardner, usar-se-iam as fixações das crianças com este tipo de características, como um caminho para alargar o seu repertório de interesses.
Como exemplo, referir-nos-emos a um aluno com SA que tem obsessão por animais e que através desta sua área de interesse, foi motivado pelos docentes da escola, transdisciplinarmente, a estudar as características de cada animal, assim como o seu habitat natural, a floresta
Em suma, conseguiu-se mudar o percurso escolar deste aluno, marcado pelas dificuldades e rejeições, partindo dos seus interesses e pontos fortes, mudando o enfoque das dificuldades para as potencialidades e os interesses. Promoveu-se o desenvolvimento e a concretização das potencialidades do aluno, conseguindo mobilizar a sua motivação para se comprometer na aprendizagem de conteúdos que não faziam parte do seu campo de interesse e aos poucos perceber a utilidade da leitura e da escrita.
Vantagens obtidas:
- Motivar o aluno para a escola, partindo dos seus interesses e dos seus pontos fortes.
- Criar condições para que o aluno desenvolva competências necessárias para a sua vida prática como ler e escrever.
-Promover a auto estima.
-Promover a autoconfiança para a aprendizagem.
-Melhorar o rendimento escolar.
-Promover o respeito dos alunos da turma pelo colega e pelos seus problemas.
-Promover o trabalho conjunto de professores, no sentido de responder às solicitações próprias de um aluno com NEE.
-Sensibilizar a comunidade educativa para diferentes formas de aprender.
-Integrar adequadamente os diversos recursos disponíveis numa ação de parceria flexível.
- Privilegiar a resposta especializada e diferenciada aos alunos.
Temos plena convicção que as Inteligências Múltiplas podem ser uma mais-valia para crianças com NEE. É necessário, para tal, formar profissionais, sensibilizando-os para estas temáticas e para uma abordagem aos alunos com NEE, centrada no seu potencial e não só nos seus défices, no sentido de incentivar uma atitude proactiva e a nobre função de mediador de desenvolvimento humano, nos professores.


A apresentação do trabalho da Equipa D pode ser vista aqui:

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