domingo, 28 de outubro de 2012

Trabalho do tópico 2

CIF-CJ


A CIF é uma ferramenta pertinente para a descrição e a comparação da saúde das populações a nível internacional. A CIF apresenta uma postura neutra face à etiologia, de forma que os investigadores, desenvolvem inferências causais através de métodos científicos adequados. para facilitar o estudo dos factores de risco, esta classificação, apresenta factores ambientais que caracterizam o contexto em que o indivíduo vive.

A CIF descreve situações de funcionalidade do indivíduo e as suas limitações e serve como enquadramento à organização da informação.

Esta classificação estrutura a informação de forma útil, integrada e acessível.
Os seus componentes são:
- funcionalidade ou incapacidade (corpo e atividade e participação );
- factores contextuais (factores pessoais e ambientais).

A CIF, após o Decreto-Lei n 3/2008, começou a utilizar-se no sistema educativo português tornando-se uma ferramenta essencial para a elaboração dos Programas Educativos Individuais dos alunos com NEEcp.

O grupo constituinte da equipa D preparou uma apresentação da CIF, que pode ser vista em:
http://www.mindmeister.com/217479853/cif-cj#

sábado, 20 de outubro de 2012

Trabalho do Tópico 1









Comentário à Declaração de Salamanca


O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentem”. Declaração de Salamanca (1994, artº. 7º)


A Conferência Mundial sobre NEE, organizada pela UNESCO, em Salamanca, em Junho de 1994, consagrou um conjunto de conceitos como “Inclusão” e “Escola Inclusiva”, que passaram a fazer parte da gíria entre os profissionais ligados à educação.

O que entendem diversos autores por Inclusão?

 Segundo (Correia, 1997) “... é a inserção da pessoa, sempre que possível, em que receba o apoio apropriado às suas características e necessidades.”

Já para (Mil & Vila, 1995) “… é uma atitude, uma convicção. Não é uma ação ou um conjunto de ações. É um modo de vida, um modo de viver juntos, fundado na convicção que cada indivíduo é estimado e pertence um grupo”.

Para a Associação de Escolas Inclusivas – Ilinóis “… é a educação dos estudantes com necessidades educativas especiais nas salas de aula e escolas que frequentariam se essas necessidades não tivessem sido identificadas, com os apoios apropriados e os serviços necessários que lhes permitam ter êxito educativo”.

Na opinião de (Stainback e Stainback, 1990) “… é uma consciência de comunidade, uma aceitação das diferenças e uma corresponsabilização para obviar às necessidades de outros”.

Estes contributos apontam todos na mesma direção, ou seja, que a Inclusão, vai para além da simples colocação física dos alunos, em ambientes escolares menos restritivos, e sim, no sentido de assumir uma educação diferenciada, que promova o desenvolvimento social e intelectual, através do contacto e da interação com os seus pares.

Todos os indivíduos trazem em si influências e potencialidades diferentes. As formas, os saberes, as dificuldades, as experiências, os ritmos de aprendizagem são características individuais. Só conhecendo e respeitando estas particularidades se podem criar condições para uma verdadeira inclusão. Contribuem também para o sucesso escolar, um ambiente seguro, equilibrado, disposto a facilitar e a proporcionar a cada aluno o máximo desenvolvimento das suas capacidades.

A inclusão proporciona a todos os intervenientes bastantes vantagens:

Para as pessoas com deficiência

- Contacto com outros modelos/maior imitação e interação/diversidade de experiências;

- Aumento da socialização e autonomia;

- Envolvimento de equipas pluridisciplinares/maior assistência;

- Aprender a viver em ambientes inclusivos/integradores.

Para as pessoas sem deficiência

- Oportunidade para participar e partilhar as aprendizagens e experiências/ trabalho em equipa;

- Desafio à inovação e renovação da formação;

- Processo de ensino/aprendizagem mais atento às necessidades de todos;

- Diminuição da ansiedade face aos fracassos ou insucessos;

- Desenvolvimento de sentimentos positivos: empatia, tolerância, respeito, compreensão, sensibilidade para as diferenças individuais …

Toda a sociedade se torna mais solidária, ativa e cooperante, onde todos encontram a sua maneira de estar, o seu equilíbrio.

O conceito de escola inclusiva valoriza a ideia de que todos temos um contributo positivo para oferecer à própria escola e à sociedade em geral, incluindo as pessoas portadoras de necessidades educativas especiais.

Com a inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais nos estabelecimentos de ensino regular, o sistema educativo passou a ser caracterizado por uma população mais heterogénea e, com necessidade de recursos que permitissem um sistema de apoio adequado a estes alunos, como sejam: espaços físicos, professores especializados, técnicos e uma adequada formação dos diferentes profissionais.

Sabemos que nem sempre assim acontece e que os recursos existentes nas nossas escolas são muitas vezes escassos, apesar do esforço feito por algumas pessoas para os colmatar, continuam a existir parcos recursos materiais, humanos, como a escassa colocação de técnicos e, alguma resistência à mudança por parte de alguns (cada vez menos) elementos de toda a comunidade educativa.

A escola inclusiva, tendo em vista a educação para todos e abrangendo todas as vantagens anteriormente descritas, é sem dúvida, o meio mais eficaz de combater a discriminação, conduzindo a uma sociedade mais solidária e valorizada pelo contributo de todos os seus membros.


Trabalho elaborado por:

Maria da Conceição Domingos - CRTIC Santarém

Sílvia Santinho Canha - CRTIC Santarém

quarta-feira, 17 de outubro de 2012